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O jornalista Ismael Mateus faleceu em um acidente de carro.

Foto do escritor: Jose Avelino PauloJose Avelino Paulo

O jornalista e membro do Conselho da República (CR) Ismael Mateus morreu na madrugada desta terça-feira, 1 de Outubro, em Luanda, vítima de acidente de automóvel.


Considerado um dos decanos do jornalismo angolano, foi secretário-geral e um dos fundadores do sindicato da classe, escritor, docente e membro do Conselho da República

Luanda — 

O jornalista angolano e membro do Conselho da República Ismael Mateus morreu na madrugada desta terça-feira, 1, em Luanda, vítima de acidente de automóvel.

O acidente aconteceu por volta das 05:40 na avenida 21 de Janeiro, sentido Gamek-Aeroporto.

Ismael Mateus Sebastião, natural de Luanda e de 61 anos de idade, além de jornalista, foi conselheiro do Presidente da República, quadro da ENDIAMA, escritor e docente universitário.

Considerado um dos decanos do jornalismo angolano, Mateus trabalhou na Rádio Nacional de Angola, na Rádio Luanda Antena Comercial, entre outros, e nos últimos tempos era comentador na TV Girassol e colunista no Novo Jornal.

Na atividade corportativa, foi secretário-geral e um dos fundadores do Sindicato dos Jornalistas Angolanos e estava a trabalhar agora, com outros colegas, na realização de um congresso dos jornalistas angolanos.

“Um jornalista de mão cheia e muito preocupado com esta profissão”, disse o também membro do Conselho da República e diretor do Novo Jornal, Armindo Laureano.

Por seu lado, o diretor do Expansão, João Armando, destacou que Ismael Mateus "tinha uma enorme capacidade de realização, o que por vezes não é fácil de encontrar na nossa classe" e pontualizou que “era coerente com os seus valores e convicções, não fazia fretes”.

A jornalista e presidente da Comissão de Carteira Ética (CCE), Luísa Rogério, assinaloiu que, “embora nunca tenhamos trabalhado na mesma redacção, eu sempre considerei Ismael Mateus o meu chefe de redação paralelo".

Ismael Mateus era também membro da União dos Escritores Angolanos.Entre outras colaborações dispersas, publicou o seu primeiro livro “Bué de Bocas”, em 1992, mais tarde lançou “Ascensão e Queda de Bartolas Matias”, no ano 2000, por ocasião do 25º. aniversário da Independência Nacional coordenou a coletânea de textos “Angola, a festa e o luto”, em 2001 publicou “Os tempos de YaKalaya”, no ano seguinte deu à estampa “Unita, que futuro?” e em 2003 publicou “Sobras de guerra”.

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